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dicionário de praias manézinhas

CAMPECHE

"O mar, uma vez que lança seu feitiço, aprisiona a pessoa em sua rede de maravilhas para sempre"

Jacques Cousteau
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SHOWS

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ambiente
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Você já pegou uma trilha para a praia do Campeche, certo?

 

Passando por uma vegetação baixa, com diferentes espécies que protegem as dunas e servem de habitat para animais.

 

Essa é a restinga, vegetação que literalmente prende as dunas ao chão, evitando que ocorra erosão e o mar avance sobre o bairro. Esse ambiente de dunas é chamado de “Eólico”, pois o vento modela e define a estrutura delas, assim, as dunas maiores estão sempre mudando de formato com o passar do tempo.

Chegando de fato na faixa de areia, temos o ambiente “Marinho-praial”, provavelmente onde você toma sol num dia bonito. Alí é o mar quem manda, as ondas, marés e tempestades moldam a linha da praia.

 

Esses dois ambientes possibilitam o bem estar e prestam serviços para nós! Servem de espaço para prática esportiva e turismo, garantem a vida de animais terrestres e aquáticos, como os pescados, são fontes de inspiração e apreciação da vista, enfim, tudo isso deve ser valorizado e compreendido. 

 

Para proteger o que entendemos como a praia, temos de levar em conta que qualquer alteração ou ocupação indevida vai gerar um desequilíbrio que pode se tornar um prejuízo. E nessa relação só temos de lembrar que natureza não cobra nada para aproveitarmos a praia, então o cuidado para continuarmos usufruindo deve ser nosso!

A

animais marinhos

HISTÓRIA
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Caminhando em praias preservadas e de águas limpas, é possível (com um pouco de sorte) admirar efeitos luminosos criados pelo plâncton bioluminescente. Eles são microalgas que emitem luz quando há agitação da água, mas só é possível enxergá-los quando estão em grande quantidade no ambiente.

Tais animais são apenas uma pequena parcela do que existe no ambiente marinho e que, na Ilha da Magia, as pessoas têm o privilégio de dividir a casa com eles!

Quando se fala em Florianópolis, facilmente se imagina a quantidade e a diversidade de animais marinhos. E é verdade, a ilha é repleta de organismos que podem ser avistados ao longo de todo o ano.

Como exemplo, temos as tartarugas-cabeçuda, que passam por aqui para se alimentar e continuam sua migração sentido Norte. Mais espécies, como a tartaruga-de-pente e tartaruga-oliva, também são observadas e fazem parte do programa de conservação do Projeto TAMAR. Já entre os meses de julho e novembro, pode-se avistar a baleia-franca-austral, que sobe a costa brasileira para se reproduzir e amamentar seus filhotes.
    

Ao mergulhar na Ilha do Campeche, em suas águas calmas e cristalinas, podem ser avistados cavalos-marinhos, baiacus, ouriços e algas que cobrem as rochas. 
   

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Efeito da bioluminescência causado por microalgas. 

VÍDEO

H

história e cultura

Por que o Campeche ainda tem fortes raízes com o mar?

 

 

O Campeche fica localizado no Sul da Ilha — lugar de beleza sem par — e tem uma cultura muito rica, que foi o resultado da forte relação que os moradores tiveram com o mar desde a chegada das primeiras famílias no bairro. A dependência que foi criada por ele moldou os costumes da região. A pesca da tainha é um exemplo disso. Entre os meses de maio e julho, o dia a dia dos moradores muda. Os pescadores precisam ficar atentos à movimentação dos cardumes, para que não percam uma oportunidade de um lance que pode trazer muita fartura. 

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A pesca da tainha é tão importante na região, que foi criado um decreto municipal que proíbe as atividades esportivas no mar durante essa época. Então, os sufistas que costumam se divertir nas ondas do Campeche, precisam procurar outras opções. Surfistas do Brasil inteiro são atraídos pelas boas condições que aqui se encontram, o que impulsiona ainda mais o turismo.  

 

O turismo se mostra um setor cada vez mais importante no Campeche. As suas águas claras e limpas são atrativos inegáveis, isso traz turistas do mundo todo, enriquecendo ainda mais a cultura da região. Viu só a importância que o mar tem na transformação cultural? Afinal de contas, foi nele que surgiram as nossas raízes.

P

poluição
CONTATO

Você sabia que existem plásticos praticamente invisíveis a olho nu?

 

Os microplásticos são partículas de plástico que podem ser tão pequenas quanto um grão de areia. Eles podem ser fabricados já nesse tamanho, ou podem ser o resultado da degradação de plásticos maiores que são descartados no ambiente marinho. A quebra desse material em partículas menores pode ocorrer pela ação das ondas, vento, degradação química ou da luz do Sol.

Como os microplásticos são muito pequenos e leves, acabam  percorrendo grandes distâncias nos oceanos até atingirem a costa, sendo, infelizmente, cada vez mais recorrentes nas praias do mundo todo.

 

No Campeche não é diferente, já que a praia é exposta a fortes ondas e ventos. Num estudo* publicado em 2017, estimou-se que mais de 100.000 fragmentos de microplástico podem ser encontrados somente na parte superficial da areia da praia!

 

Estes microplásticos, ao longo do tempo, vão sendo incrustados por materiais tóxicos, e são confundidos com alimento pelos animais marinhos, que os ingerem e os inserem na cadeia alimentar. Nós humanos, podemos estar vulneráveis ao consumo indireto de microplástico, quando comemos frutos do mar e sal de cozinha, por exemplo.

 

Por isso, quando for à praia, lembre-se sempre de recolher seu lixo, e, se possível, recolher o lixo que encontrar a sua volta. A praia é um ambiente público e por isso todos têm o direito de aproveitá-la e o dever de preservá-la! ;)

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Fotos do microplástico por Camila Andreussi do LAPOGEOmar, UFSC, de coletas para estudos na praia da Joaquina.

*Quer saber mais sobre o projeto e suas fontes? Fique à vontade para entrar em contato! Disponível no final da página.

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Quem somos?

Somos um grupo de 5 estudantes de graduação em Oceanografia da UFSC. A partir de uma disciplina de prática de extensão, tivemos a ideia de levar um pouco do conhecimento oceanográfico acadêmico para a comunidade do Campeche através de um site, e assim nasceu o Dicionário de Praias Manézinhas

Da esquerda para a direita (e de cima para baixo na versão para celular): Lucas Maebara, Henrique Cordeiro, Letícia Volcov, Vitor Pereira e Renan Deschamps

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